Após um péssimo dia, a vida parece-nos mais simples. Não que tenha acontecido uma mudança drástica, mas porque sente-se que em retrospectiva, pior não pode ser. Parece que fazemos parte da novela cómica de algo maior, em que fizeram um episódio especial onde nos sentimos as pessoas mais patéticas e em que tudo corre mal, uma daquelas comédias à Ben Stiller, onde em vez de ser um actor pago para estar numa situação embaraçosa numa casa de banho, é uma pessoa normal que passa o embaraço todo perante situações de trabalho perante a família do namorado, etc. (Sim, foi um dia mesmo parvo) Só resta um sentimento de esperança que o pior dia do ano já tenha passado, já que muitos mais dias assim dão cabo de uma pessoa. Nesses dias deprimentes, dorme-se com aquele peso na consciência, questionando a nossa existência no planeta. Com que direito posso estar aqui a gastar oxigénio e água? Será que vale a pena continuar? Continuar com as tentativas, tentar dar um rumo à vida, tentar fazer algo melhor para nós, criar planos e fantasias de onde poderemos chegar. Durante essa noite, o nosso cérebro reinicia e configura-se seguindo os protocolos de auto-preservação, e a partir daí há duas possibilidades, passamos o dia seguinte a procrastinar, ou pelo menos a desejar simplesmente ignorar tudo e planear a próxima oportunidade para satisfazer os nossos desejos. Hoje vou simplesmente dar-me ao menor trabalho possível de me envolver em parvoíces. Have a nice day! Labels: diary
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